7 de jan. de 2022

A CORUJA

 


Quando tudo dorme tu pias.

Não tens sono, ou teu trabalho

é noturno e assobias para guardar

a mata? Os gregos te fizeram

símbolo da sabedoria, que honra!

Mas outros temem teu canto como

agouro e pressentimento mau.

Eu te escuto na insônia e teu pio

me embala a dormir, tentando

decifrar o mistério de teus olhos

que penetram o escuro da noite

como o pensamento à procura do saber.

Te informo para tua plena satisfação

que teu amor pelos teus filhotes

é imitado pelas mães corujas...

Paulo Motta

O RIO POMBA DA MINHA INFÂNCIA

 

No seio verdejante da serra

denominada Mantiqueira,

no município de Barbacena,

pequenino e humilde, nasce

o providencial rio, um fio d’água

que desliza sem nenhum rumor.

 

Denominado Pomba, ele corre

entre as pedras se insinuando,

em seu leito; e ao longo do curso

ganha amizades dos córregos.

Com ele se juntam, caudaloso

ele se torna e ousado avança

 

triunfal, cantando em cachoeiras

que se transformam nas geradoras

que lhe são confiadas para energia

e luz, com amor às cidades dar.

Fonte de fartura e riqueza, sem

falar da alegria das aves canoras

 

e das plantas por ele alimentadas,

segue seu rumo em busca de grandeza

que encontra ao se aliar ao Paraíba

no município de Itaocara. Rio mineiro,

ganha o honroso titulo de fluminense.

Foi o rio de minha infância saudosa.

 

Foi o amigo maior de todas as horas,

nas muitas aventuras e traquinagens;

Manhãs, tardes e noites nos encontramos,

nadando, pescando, remando, sonhando

com outras terras aonde ele iria correr.

Tanto nos amamos, que ele comigo

 

ainda está e nele vivo como o menino

que trago em mim, sem crescer, pois

amizade e amor são para sempre, nós

somos a soma de nossos sonhos

e das nossas amizades. Há assim

um rio em minha vida, esta também

é um rio que corre no tempo e vai.


Paulo Motta

 

25 de jan. de 2016

Anunciai a Boa-Nova! - 
Mc 16, 15-18

Jesus disse-lhes: “Ide pelo mundo inteiro e anunciai a Boa-Nova a toda criatura! Quem crer e for batizado será salvo. Quem não crer será condenado. Eis os sinais que acompanharão aqueles que crerem: expulsarão demônios em meu nome; falarão novas línguas; se pegarem em serpentes e beberem veneno mortal, não lhes fará mal algum; e quando impuserem as mãos sobre os doentes, estes ficarão curados”.

8 de jun. de 2015

"A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios. Por isso, cante, chore, dance, ria e viva intensamente, antes que a cortina se feche e a peça termine sem aplausos."

Charles Chaplin

2 de jun. de 2015

Dai a Deus o que é de Deus - Mc 12,13-17

Então, mandaram alguns fariseus e partidários de Herodes, para apanhar Jesus em alguma palavra. Logo que chegaram, disseram-lhe: “Mestre, sabemos que és verdadeiro e não te deixas influenciar por ninguém. Tu não olhas a aparência das pessoas, mas ensinas segundo a verdade o caminho de Deus. Dize-nos: é permitido ou não pagar imposto a César? Devemos dá-lo ou não?”. Ele percebeu-lhes o fingimento e respondeu: “Por que me armais uma armadilha? Trazei-me a moeda do imposto para eu ver”. Trouxeram-lhe uma moeda. Ele perguntou: “De quem é esta figura e a inscrição?”. Responderam: “De César”. Então, Jesus disse: “Devolvei, pois, a César o que é de César e a Deus, o que é de Deus”. E estavam extremamente admirados a respeito dele.

Reflexão - Mc 12, 13-17
Dois pontos nos são sugeridos pelo Evangelho de hoje. O primeiro é: por que nos aproximamos de Jesus? Condenamos as autoridades porque mandaram pessoas até Jesus para o apanharem em alguma palavra, mas muitas vezes nos aproximamos de Jesus para a satisfação de nossos interesses pessoais e não para o encontro pessoal com aquele que é nosso Deus e que nos ama com amor eterno. O segundo é: dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus, o que significa que César deve dar a Deus o que é de Deus, de modo que Jesus nos mostra também as responsabilidades dos dirigentes das nações em relação a Deus e nós devemos cobrar isso deles.